Sustainability is getting behind but architecture can give a push forward
By the end of the 19th century scientists started to measure the first signs of climate change due to the industrial revolution and in the last two decades of the 20th century scientists released official studies: there is a climate change and it’s a consequence of human actions.
Several environmental and ecology organizations were formed to protest and manifest actively and give awareness to companies and societies. In that time these protests looked very radical but unfortunately climate change is a scientific fact and nowadays only refused by a minority.
With this new awareness of society, new needs and demands arose and companies started to see climate change as an opportunity, it was the beginning of the so called “green businesses” or the production of consumption goods using the label “green” or “sustainable” but being after all the continuation of “business as usual” focused mainly on economic profit.
Painted broccolli by sunny.
The original definition of “sustainability” is the integration of economic, social and environmental values. Its origin was a response to mitigate climate change, to “sustain” cultures, societies and environment, in a word, to avoid the extinction of all the living beings in the planet, including us, the humans.
If there are no resources and humankind, of course no economy or business will exist. In this sense, we can’t differentiate “economic sustainability” or “environmental sustainability”. Sustainability is always environmental and the other values (economic and social) will help its endurance. Today in our complex world, we can even add other values into this “triple balance” such as culture, making it a quadruple or fourfold.
The direction the construction industry took in the last 100 years contributed to an increase and improvement of the housing and building conditions but in the last decades, its impact became very visible and it’s responsible for 35-45% on climate change.
How can architecture be an element of improvement?
Nowadays the basics of doing a sustainable project are the energetic and water usage efficiency. But to go further, the way we design should account the materials chosen and if they are natural, breathable or non-toxic, their origin and impact, but also the way we locate buildings in the landscape and the way it relates with nature.
Way more ahead of styles and trends, the real factor of advancing and progressing comes from the type of connection which architecture can establish with the environment, to put into place its real potential of transforming for good the society and the planet.
In the recent decades architecture and buildings were seen as efficient machines. While it was a response to a need of a specific time in history, we need now to go forward and establish buildings instead as living organisms capable of connecting with the external environment while respecting the health of its inhabitants.
From wild fires in Australia, to the increasing soil erosion in the Mediterranean countries and to the melting ice in the Arctic, we still need to push forward our evolution as species.
To pass from simply buy new things to choose consciously the things we buy. It’s important to replace the plastic tooth brush for one in bamboo but also to choose consciously the type of house or building we want to live and work in and to customize it to us without the “supermarket” trends. Because at the end these choices reflect what we stand for.
|PT|
No final do século 19, os cientistas começaram a medir os primeiros sinais de mudança climática devido à revolução industrial e nas últimas duas décadas do século 20, divulgaram estudos oficiais: há uma mudança climática e é uma conseqüência das ações humanas.
Várias organizações ambientais e ecologistas foram iniciaram protestos e manifestaram-se activamente para consciencializar empresas e sociedades. Naquela época, esses protestos pareciam muito radicais, mas infelizmente as mudanças climáticas são um fato científico e hoje em dia é recusada apenas por uma minoria.
Com esta nova consciencialização da sociedade, surgiram novas necessidades e as empresas começaram a enfrentar a mudança climática não como um problema mas como uma oportunidade, dando início ao chamado “negócio verde”, ou a produção de bens de consumo com o rótulo “verde” ou “sustentável”. Mas, apesar de tudo, seria a continuação do “business as usual” focado principalmente no lucro econômico.
A definição original de “sustentabilidade” é a integração de valores económicos, sociais e ambientais. A sua origem foi uma resposta para mitigar ou diminuir a mudança climática, “sustentar” culturas, sociedades e meio ambiente e numa palavra, evitar a extinção de todos os seres vivos do planeta, incluindo nós, os humanos.
Se não houver recursos e humanidade, é claro que não haverá economia ou negócios. Nesse sentido, não podemos diferenciar “sustentabilidade económica” ou “sustentabilidade ambiental”. A sustentabilidade é sempre ambiental e os demais valores (económicos e sociais) ajudarão à sua resistência. Hoje num mundo cada vez mais complexo, podemos até adicionar outros valores a esse “equilíbrio triplo”, como a cultura, tornando-o quádruplo.
A direcção que a indústria da construção tomou nos últimos 100 anos contribuiu para um aumento e melhoria das condições de habitação e construção, mas nas últimas décadas, o seu impacto tornou-se muito visível e é responsável por 35-45% nestas mudanças que o clima apresenta.
Como pode a arquitectura ser um elemento de melhoria?
Actualmente, o básico de se fazer um projecto sustentável é a eficiência energética e de uso da água. Mas, para ir além, a maneira como projectamos deve levar em consideração os materiais escolhidos, se são naturais, respiráveis não tóxicos, a sua origem e impacto social, se contribui para a criação de emprego qualificado e manutenção e melhoria de ofícios antigos, mas também a maneira como localizamos os edifícios na paisagem e a maneira como se relacionam com a natureza.
Muito mais à frente de estilos, modas e tendências, ou de “etiquetas”, o factor real de avanço e progresso vem do tipo de conexão que a arquitectura pode estabelecer com o meio ambiente, para colocar em prática o seu potencial real de transformar positivamente a sociedade e o planeta.
Nas últimas décadas e principalmente no século XX, a arquitectura e os edifícios foram vistos pelos arquitectos “modernistas” como máquinas eficientes. Embora tenha sido uma resposta a uma necessidade de um período específico da história, é necessário agora avançar e desenvolver os edifícios como organismos vivos capazes de se conectar com o ambiente, respeitando igualmente a saúde dos seus habitantes.
Desde os incêndios na Austrália, à crescente erosão do solo nos países do Mediterrâneo e ao derretimento do gelo no Ártico, ainda precisamos progredir a avançar como espécie.
Para simplesmente passar de comprar coisas novas para escolher conscientemente as coisas que compramos. Substituir a escova de dentes de plástico por uma de bambu é muito importante, mas também escolher conscientemente o tipo de casa ou edifício em que queremos morar e trabalhar e personalizá-la em relação a um modo de vida mais consciente dos impactos que temos, sem as tendências de “supermercado”. Porque no final, essas escolhas reflectem o que defendemos e o que somos.