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Memory and imagination: the components of an architectural time capsule

At the beginning of the 1970s, the development of the first microprocessors made it possible to complete up to 60,000 calculations.

From then until now, there was a striking evolution and exponential growth of their calculation capacity. Today, supercomputers can complete up to 200 quadrillion calculations per second!

The complex production of these microprocessors is the real creation of an intricate system of parts interacting together. It involves the extraction of silicon from sand, its fusion at a high temperature, moving at a very slow pace.

We could make a vague comparison with the human brain, which could be said to be a form of microprocessor. While both of them use electrical signals to send messages, the brain uses chemicals to transmit information, while the computer uses electricity.

But even though computers are extremely fast in several tasks, humans possess unique skills, such as amazing pattern recognition and language abilities. Most of all, humans are able to think in uniquely creative ways.

Computers are faster and more efficient than humans when it comes to executing simple step-by-step instructions and tasks. Humans are way more efficient than computers in being… humans, so to say, at tasks that are not simple step-by-step or divisible operations.

Furthermore, our memory is slightly different from a computer’s because we do not store pure information only. The capacity of our brains to retain and restore information is not linear as it is for a computer, because there are several factors in between that condition our memory, including emotions.
Our memory also allows us to remember acts and doings, ideas, to relate concepts, and recover sensations that occurred in the past. In this way, we connect with our imagination, because we usually remember things with some modifications…if we were being honest, we could sometimes say that we imagine things instead of remembering them!

Anonymous centenary wooden door, Lisbon.

In this sense, architecture is the “place of memory and imagination”, because it can help us to access both through spaces, textures, the smell of materials, and even sounds that will become elements of a future memory and imagination.

The more “slick and white” the architecture, more mechanized it will be, with less space for future memories to be created. It will lack those unique sensations, impressions, and phenomena that are captured by our body and our senses.

The textures of raw materials are always different and non-repeatable, just like our own fingerprints. As such, if the design of spaces is truly connected with its users, rather than being concerned with trends, decoration, or styles, it can be a real “time capsule”, being both a part of time, and timeless.
Of course, the true “patina” forms with the natural passage of time and can’t be imitated as a fake ornament.

Developing sustainable architecture is not only about preserving resources for future generations, but also to create possibilities for physical and spatial experiences.
Instead of a virtual standardization of spaces, these are valuable experiences that can be stored and transmitted for the future, creating new memories, or to say the same, new imaginations.

|PT|
No início da década de 1970, o desenvolvimento dos primeiros microprocessadores possibilitou realizar até 60.000 cálculos.
Desde então, até agora, houve uma evolução impressionante e um crescimento exponencial da sua capacidade de cálculo. Hoje, os supercomputadores podem realizar até 200 quadrilhões de cálculos por segundo!

A produção complexa desses microprocessadores é a criação real de um intrincado sistema de partes que interagem juntas. Envolve a extração de silício da areia, a sua fusão a alta temperatura, a um ritmo muito lento.
Poderíamos fazer uma vaga comparação com o cérebro humano, que poderia ser considerado uma forma de microprocessador. Enquanto os dois usam sinais elétricos para enviar mensagens, o cérebro usa produtos químicos para transmitir informações, enquanto o computador usa eletricidade.
Mas mesmo que os computadores sejam extremamente rápidos em várias tarefas, os seres humanos possuem habilidades únicas, como o reconhecimento incrível de padrões e habilidades de linguagem. Acima de tudo, os seres humanos são capazes de pensar de maneiras exclusivamente criativas.

Os computadores são mais rápidos e mais eficientes que os humanos quando se trata de executar instruções e tarefas simples e passo a passo. Os seres humanos são muito mais eficientes do que os computadores, enquanto… seres humanos, por assim dizer, em tarefas que não são simples operações passo a passo ou divisíveis.
Além disso, a nossa memória é um pouco diferente da de um computador, porque não armazenamos apenas informação. A capacidade dos nossos cérebros de reter e restaurar informações não é linear como para um computador, porque existem vários fatores que condicionam a nossa memória, incluindo emoções.
A nossa memória também nos permite lembrar de actos e acções, idéias, relacionar conceitos e recuperar sensações que ocorreram no passado. Dessa forma, conectamos com a nossa imaginação, porque geralmente lembramos as coisas com algumas modificações… se fôssemos honestos, poderíamos dizer que imaginamos as coisas em vez de lembrá-las!

Nesse sentido, a arquitetura é o “lugar da memória e da imaginação”, pois ajuda-nos a criar essa base de dados, através de espaços, texturas, o odor de materiais e até sons que se tornarão elementos de uma memória e imaginação futuras.
Quanto mais “lisa e branca” for a arquitetura, mais mecanizada será, com menos espaço para futuras memórias serem criadas. Faltarão essas sensações, impressões e fenômenos únicos que são capturados pelo nosso corpo e pelos nossos sentidos.

Assim, as texturas da matéria em bruto são sempre diferentes e não repetíveis, assim como as nossas impressões digitais. Se o design dos espaços estiver realmente conectado aos seus usuários, afastando-se de tendências, decoração ou estilos, pode ser uma verdadeira “cápsula do tempo”, sendo parte do seu tempo e simultâneamente atemporal.

Nesse sentido, a verdadeira “pátina” forma-se com a passagem natural do tempo e não pode ser imitada como um ornamento falso, justaposto.
Desenvolver uma arquitetura sustentável não é apenas preservar recursos para as gerações futuras, mas também criar possibilidades de experiências físicas e espaciais futuras.

Em vez de uma padronização virtual dos espaços, são experiências valiosas que podem ser armazenadas e transmitidas para o futuro, criando novas memórias ou, para dizer o mesmo, novas imaginações.

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